MPF diz que Youssef e Argôlo eram ‘quase sócios’ em negócios ilícitos
Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
O ex-deputado federal da Bahia, Luiz Argôlo (SDD, ex-PP) recebia propina da Petrobras desde quando assumiu o mandato na Câmara Federal, em 2011. De acordo com o Ministério Público Federal do Paraná, Argôlo tinha “mais benefícios” em relação aos outros parlamentares do PP, pois “tinha uma relação de quase sócio com Youssef em vários negócios ilícitos”. “O Luiz Argôlo criou uma relação um pouco diferente com Youssef. Eles eram quase sócios em negócio ilícitos. Argôlo tinha favorecimento no repasse da propina. Youssef disse que muitas vezes repassava dinheiro para Argôlo sem que Paulo Roberto costa soubesse. E Youssef, inclusive, tirava dinheiro do próprio bolso para pagar”, afirmou o procurador do órgão. A “ajuda” com dinheiro público não saia de graça. O doleiro, de vez em quando, “cobrava a conta”. De acordo com investigações do MPF, Argôlo articulou um repasse de verbas do Banco do Nordeste para um hotel de Youssef em Porto Seguro. As investigações apontaram ainda que Argôlo foi denuncido por dez atos de corrupção - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.603.400,00. Foram denunciados ainda dez atos de lavagem de dinheiro e 93 atos de peculato do ex-deputado. “Estes, no entanto, não são os únicos. Novas denúncias irão aparecer”, afirma o MPF. Outro indício da participação do ex-parlamentar baiano é a quantidade de visitas que ele fez ao escritório de Youssef: 78, no período de 2011 a 2014. Destas, 40 viagens foram pagas com dinheiro da Câmara. Em depoimento à CPI da Lava Jato, Argôlo disse ter conhecido o "empresário Youssef" na casa do ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípíos, Mário Negromonte.
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MPF diz que Youssef e Argôlo eram ‘quase sócios’ em negócios ilícitos
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quinta-feira, maio 14, 2015
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