Em entrevista exclusiva ao Bahia Econômica, Régis falou sobre o cenário político na Bahia e no Brasil
O líder da bancada de oposição, deputado estadual Sandro Régis (DEM), concedeu entrevista exclusiva ao Bahia Econômica, onde fala sobre os cenários do impeachment, o papel da oposição na Alba, sobre o governo petista de Rui Costa – que avalia como “medíocre” e sobre a gestão eficiente de ACM Neto. Acompanhe.
Bahia Econômico: O Brasil vai entrar numa nova fase com o afastamento da Presidente Dilma Rousseff e a chegada de Temer à presidência. Na sua concepção, de que maneira isso muda as relações de forças políticas na Bahia?
Sandro Régis: Acreditamos que a posse do presidente Michel Temer fortalecerá quadros importantes da Bahia como o presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, e o prefeito de Salvador, ACM Neto, produzindo, consequentemente, um equilíbrio de forças políticas entre a oposição e o PT.
BE: O senhor acha que pode haver mudanças nas bancadas na Assembleia, ou a maioria que o governador detém permanece forte?
SR: Em relação à Assembleia Legislativa faço questão de destacar a atuação da Bancada de Oposição que vem protagonizando momentos históricos no parlamento, trabalhando com coerência, espírito público e colocando os interesses da Bahia acima de qualquer disputa partidária. Essa linha de trabalho tem conquistado o reconhecimento da sociedade, da imprensa e até mesmo da base aliada do governo que vem sendo motivada pela oposição ao debate, ao diálogo, antes da votação de qualquer matéria que tramite na Casa. Entretanto, acho que ainda é cedo para fazer afirmações sobre possíveis mudanças nas bancadas.
BE: O governo Rui Costa tem no governo federal, até aqui comandado pelo PT, um aliado para realização de grandes obras no estado. Na sua opinião, com a chegada de Michel Temer, pode ocorrer uma diminuição nos repasses federais para obras importantes para Bahia como a Fiol e o Porto sul, prejudicando o andamento delas?
SR: Tenho convicção que com a força de Geddel e de ACM Neto não só em Salvador mas todo o estado, a Bahia será beneficiada com obras importantes para a população baiana. A Fiol e o Porto Sul são obras que só existem na propaganda do PT. Todos nós sabemos da importância do apoio político concedido ao PT pelos baianos, em todas as eleições presidenciais. Apesar disso, ao longo dos governos de Lula e Dilma o que se viu foi muita propaganda e poucas ações para os baianos. Tenho dito sempre que entre o PT e a Bahia, o ex-governador Jaques Wagner e o atual governador Rui Costa ficam sempre com o PT. Aliás, foi por isso que o modelo petista de governar esgotou-se, faliu. Já com Temer, Geddel e ACM Neto a prioridade estará voltada para as ações governamentais em benefício da população baiana e não para os partidos.
BE: Qual a sua avaliação dos dois anos do governo Rui Costa?
SR: Avalio como um governo medíocre. As questões essenciais para o desenvolvimento do Estado só conhecemos no “governo da propaganda petista”. Em 2015, o governador Rui Costa investiu R$ 62,3 milhões em Publicidade, enquanto em Saúde aplicou apenas R$ 40,8 milhões, em Educação menos ainda, 35,7 milhões, e em Segurança Pública, R$ 42,2 milhões. Onde está mesmo a prioridade desse governo? As estatísticas apontam a Bahia como um dos estados mais violentos do país e, em 2015, liderou o ranking de homicídios, ultrapassando estados mais populosos como São Paulo e Rio de Janeiro. O governo fala que houve uma redução no índice de homicídios de 1,3% em relação a 2014, só que trata-se de uma redução mínima que, segundo os cálculos, poupou apenas 73 vidas. O número de assassinatos no Estado continua alarmante. Nada menos que 5.590 foram mortas em 2015 na Bahia, significando 15,3 pessoas assassinadas por dia. Não há o que comemorar. Visto que contra fatos não tem o que se argumentar, a Bahia, na mão do PT, só perdeu!
BE: A eleição para prefeito de Salvador vai ser mais disputada, já que o PT deve fazer de Salvador uma das praças prioritárias na atual conjuntura. Nesse quadro, o senhor acredita que o DEM deve manter a aliança com o PMDB de geddel?
SR: O prefeito ACM Neto, pelo terceiro ano consecutivo, foi considerado o melhor prefeito do país dando um grande exemplo de competência, vontade de trabalhar e respeito ao público. O PMDB desde o primeiro momento fez parte desse projeto vitorioso e tem quadros partidários competentes no primeiro escalão da administração municipal. Não temos dúvida que a aliança DEM/PMDB e de todos os partidos que constróem uma Salvador melhor, sob a liderança do melhor prefeito do Brasil, irá reeditar a parceria aprovada e aplaudida pelo povo da nossa capital.
Fonte: Bahia Econômico
Em entrevista exclusiva ao Bahia Econômica, Régis falou sobre o cenário político na Bahia e no Brasil
Reviewed by Redação Na Boca Do Povo
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terça-feira, maio 10, 2016
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