Orlando. Um ataque "de terror e ódio" e o pior da história dos EUA

Omar Mateen, de 29 anos, um norte-americano filho de pais afegãos, entrou na discoteca Pulse, em Orlando, na Flórida, armado e ali espalhou o terror. Começou a disparar indiscriminadamente por volta das duas da manhã locais e só parou quando foi abatido.
No Facebook, a discoteca pedia que as pessoas fugissem dali: “Saiam todos e continuem a correr”, lia-se. Estava montado um cenário caótico. Entre mortos e feridos, o pânico era geral. No total, morreram 50 pessoas e 53 ficaram feridas.
O caso foi desde o início considerado como um ato de “terrorismo doméstico” e, à medida que o tempo passava, adensavam-se as suspeitas de ligações de Omar ao extremismo islâmico, que mais tarde se viriam a confirmar. Uma chamada telefónica feita para o numero de emergência 911, momentos antes do crime, onde Omar jurava lealdade ao grupo extremista Daesh e não deixava grandes dúvidas de que os Estados Unidos estavam novamente confrontados com um ataque terrorista.
Já depois do caos, o pai de Omar reagia ao sucedido, afirmando que o tiroteio levado a cabo pelo filho não teria tido motivações terroristas, mas sim razões homofóbicas. "Não tem nada a ver com religião", disse Mir Seddique, explicando ao canal televisivo NBC que, há algum tempo atrás, o filho tinha ficado "furioso" ao ver dois homossexuais a beijarem-se, no centro de Miami.
À medida que as horas passavam, conheciam-se mais pormenores do autor do massacre. Omar Mateen já tinha sido interrogado duas vezes, entre 2013 e 2014, pelo FBI.  Em 2013, o FBI falou com Omar na sequência de “comentários inflamados” que terá dito a um colega e que terão despertado a atenção das autoridades. Em 2014, o seu nome surgiu associado a Moner Abu Salha, homem que veio a ser apontado como o primeiro bombista suicida norte-americano – que se terá suicidado num ataque bombista na Síria, em 2014, ao serviço da Al-Qaeda. Ambas as investigações não resultaram em nada por falta de provas.
No mesmo dia, mas noutro ponto do Estados Unidos, em Santa Monica, a polícia deteve um homem armado, que estaria a caminho da marcha gay de Los Angeles. 
De acordo com a polícia, James Howell, oriundo do estado do Indiana, admitiu que pretendia "causar estragos" durante a marcha do 'orgulho gay'. No carro do suspeito, foram encontradas metralhadoras, munições e ainda tannerite, uma substância que pode ser usada em certos tipos de explosivos, explica a mesma publicação.
Em conferência de imprensa, o presidente de Los Angeles sublinhou que as autoridades municipais consideravam "não existir qualquer ligação" entre a detenção de Santa Monica e o ataque de Orlando.
Este ataque, descrito pelas autoridades como um ato de "terror e ódio", tornou-se no pior ataque terrorista a acontecer nos Estados Unidos, depois do trágico 11 de setembro. Os americanos voltam a acender o debate sobre as leis do armamento e ficam novamente reféns do medo causado pelo extremismo islâmico.
Notícias Ao Minuto.
Orlando. Um ataque "de terror e ódio" e o pior da história dos EUA Orlando. Um ataque "de terror e ódio" e o pior da história dos EUA Reviewed by Redação Na Boca Do Povo on segunda-feira, junho 13, 2016 Rating: 5

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