Justiça do Trabalho processa Resort por jornada exaustiva de trabalho em Itacaré

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) moveu uma ação contra a Txai Resorts, localizado em Itacaré, no baixo sul da Bahia, por uma série de irregularidades trabalhistas. O órgão pede à Justiça que o hotel seja condenado a pagar R$ 1 milhão por manter 152 pessoas trabalhando com escalas exaustivas e com saúde exposta.

Dentre as irregularidades, foram encontradas situações como escalas irregulares, turnos indefinidos e alterados, excesso de horas extras, além de dobra de turno. Também foi constatado que desde 2014 existia acúmulo de funções, assédio moral e até comunicação agressiva dos chefes com os funcionários. Os empregados eram obrigados a trocar de roupa em locais inadequados.

Eles tinham até banheiros sem condições de uso e sem iluminação, além da presença do besouro “barbeiro”, transmissor da doença de chagas, cobras e outros animais peçonhentos. “Um empreendimento que tanto zela pelo conforto dos seus hóspedes deve, em primeiro lugar, observar o cumprimento das leis e, em segundo lugar, respeitar os limites físicos dos seus próprios empregados”, disse o procurador do trabalho Ilan Fonseca, responsável pela ação.

Ele ainda completou: “Nada disto está ocorrendo”. A ação foi movida pela unidade do MPT em Itabuna, também no sul do estado, e corre na 1ª Vara do Trabalho de Ilhéus. A audiência inicial acontece no próximo dia 29 de março. O MPT investigou denúncias e a empresa foi notificada para apresentar documentos e defesa. Ficou provado que a empresa também não realizava o repasse correto das gorjetas.

As horas extras não eram pagas em folha e nem deduzidas das jornadas de trabalho. Foi visto ainda que nem todos os funcionários recebiam os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários. Apenas 11 dos 152 trabalhadores receberam os equipamentos. O MPT chegou a propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a Txai Resort se recusou.

Diante da recusa, o MPT moveu a ação pedindo condenação por danos morais coletivos. A ação do MPT não impede que os funcionários possam entrar com ações individuais contra a empresa. O valor de R$ 1 milhão solicitado pelo MPT, a ser pago pela empresa, deverá ser revertido a entidades públicas ou privadas ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). BN
Justiça do Trabalho processa Resort por jornada exaustiva de trabalho em Itacaré Justiça do Trabalho processa Resort por jornada exaustiva de trabalho em Itacaré Reviewed by Redação IN on quinta-feira, março 16, 2017 Rating: 5

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