China considera misturar vacinas de Covid-19 para aumentar eficácia

A principal autoridade de controle de doenças da China disse que o país está formalmente considerando misturar vacinas contra Covid-19 para aumentar a eficácia da vacina. Dados disponíveis mostram que as vacinas chinesas ficam atrás de outras como as da Pfizer e da Moderna em termos de eficácia, mas requerem um controle menos rígido de temperatura para armazenagem. As vacinas disponíveis atualmente “não têm taxas muito altas de proteção”, disse Gao Fu, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, em entrevista coletiva na cidade de Chengdu no sábado (10).

“Inoculação usando vacinas de diferentes linhas técnicas está sendo considerada”, afirmou. Gao disse que tomar medidas para “otimizar” o processo vacinal, incluindo mudar o número de doses e o intervalo de tempo entre as doses é uma solução “definitiva” para as questões de eficácia. A China desenvolveu quatro vacinas domésticas aprovadas para uso público. Uma autoridade disse no sábado que o país provavelmente produzirá 3 bilhões de doses até o fim desse ano.

A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac mostrou ter uma taxa de eficácia um pouco acima de 50% em testes clínicos feitos no Brasil. Um estudo separado na Turquia disse ser 83,5% eficaz. Dados detalhados de eficácia não foram divulgados pela chinesa Sinopharm. A empresa disse que as duas vacinas desenvolvidas por ela têm 79,4% e 72,5% de eficácia, baseado em resultados preliminares.

Ambas as desenvolvedoras apresentaram dados das vacinas contra Covid-19 indicando níveis de eficácia alinhados com os requeridos pela Organização Mundial da Saúde, disse um painel do órgão em março. A China enviou milhões de suas vacinas para o exterior, e a mídia estatal as defendeu intensamente, enquanto questionou a segurança e a capacidade logística de outras vacinas.

Com Informações do Giro Ipiaú