TSE rebate Bolsonaro sobre urnas eletrônicas: ‘Jamais se documentou qualquer fraude’

Em nota à imprensa nesta sexta-feira (9), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu às acusações do presidente Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas para o pleito eleitoral em 2022. O TSE classificou as declarações do presidente como “lamentáveis” e disse que a “acusação leviana de fraude no processo eleitoral é ofensiva a todos”.

No texto, o TSE esclarece que desde que as urnas eletrônicas foram implantadas, em 1996, “jamais se documentou qualquer episódio de fraude. Nesse sistema, foram eleitos os Presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. Como se constata singelamente, o sistema não só é íntegro como permitiu a alternância no poder”, diz um trecho da nota.

Sobre as falas de Bolsonaro referente à apuração das eleições de 2014, onde concorreram no segundo turno a ex-presidente Dilma (PT) e o deputado federal Aécio Neves, o TSE afirmou que o PSDB, partido derrotado no pleito, realizou auditoria no sistema de votação e reconheceu a legitimidade dos resultados.

“A presidência do TSE é exercida por Ministros do Supremo Tribunal Federal. De 2014 para cá, o cargo foi ocupado pelos Ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. Todos participaram da organização de eleições. A acusação leviana de fraude no processo eleitoral é ofensiva a todos”, continuou o texto.

Ainda conforme a nota, o Corregedor-Geral Eleitoral já oficiou Bolsonaro para que apresente as supostas provas de fraude que teriam ocorrido nas eleições de 2018. No entanto, o TSE disse que não houve resposta.

“A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade”, finaliza.