Cortejo Afro percorre ruas de Ipiaú no bicentenário da Independência do Brasil
Foto: Divulgação
Representantes das religiões de matriz africana que atuam em Ipiaú, juntamente com trabalhadores culturais ligados a este segmento, foram às ruas de Ipiaú, na manhã dessa quarta-feira, 7 de setembro, para comemorar o bicentenário da Independência do Brasil e prestar uma homenagem especial às mulheres que desempenharam um papel de fundamental importância no processo de libertação do domínio português. Os principais focos da homenagem foram as heroínas negras Maria Felipa e Maria Quitéria e a freira Joana Angélica, considerada a “Mártir da Independência”.
Caminhada percorreu ruas do centro da cidade
Organizado pelo advogado Manoel de Jesus Flores de Campos, representante do seguimento Afro-Indígena no Conselho Municipal de Cultura, o cortejo foi a única organização a fazer a caminhada cívica pela cidade. Uma carreata convocada pelo suboficial da Marinha, Gilvan Barbosa, teve conotação política, mesmo que subliminar.
Antes de percorrer algumas das ruas centrais da cidade, com sua coreografia e cânticos característicos, os adeptos do candomblé, participaram da solenidade de hasteamento das bandeiras e entonação do Hino Nacional, em frente ao prédio-sede da Prefeitura Municipal. Da solenidade também participaram a prefeita Maria das Graças, secretários do governo, o Presidente da Câmara de Vereadores, Robson Moreira, e o coronel Jocevan Oliveira, comandante da 55 ª Companhia Independente da Policia Milita, e parte do efetivo da unidade.
As heroínas
Maria Felipa uma das homenageadas
De acordo relatos do historiador Eduardo Borges, na luta pela independência da Bahia, onde se consolidou a verdadeira Independência do Brasil, Maria Felipa liderou uma série de mulheres que seduziram os portugueses, fizeram com que eles ficassem embriagados e depois deram uma surra de cansanção neles. Depois ela queimou as embarcações deles. Foi uma pequena batalha pontual no dia 7 de janeiro de 1823, na Ilha de Itaparica, mas que resultou em uma queda no número de soldados da tropa portuguesa”.
Já “Maria Quitéria se passou por homem para participar da luta da independência. Ela vestiu a roupa do cunhado e apresentou-se ao Regimento de Artilharia com a ajuda da irmã. Maria Quitéria fugiu de casa e foi para o campo de batalha em uma época em que a mulher não tinha autonomia em qualquer campo de atuação”.
A freira Joana Angélica se destacou pela coragem ao enfrentar os portugueses. Ela foi morta ao tentar evitar a entrada deles no Convento da Lapa. Os soldados portugueses estavam em busca dos rebelados, que teriam se escondido no local.
Com Informações do Giro/José Américo Castro
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quinta-feira, setembro 08, 2022
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