Operação apreende 1,1 mil celulares em 65 presídios brasileiros

 Foto: Reprodução/Jornal da Globo

Uma operação coordenada pelo Ministério da Justiça saiu em busca de celulares em 65 presídios pelo Brasil e já localizou 1.166 mil aparelhos. Os celulares foram escondidos em colchões e até dentro de paredes.

Desde o dia 16, a operação localizou uma média de 116 aparelhos por dia. Os policiais acharam ainda drogas e armas, como um revólver, que estava em um vaso sanitário, em uma cela no Amapá.

A ação foi coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça, em parceria com as Secretarias Estaduais de Gestão Penitenciária. Pela primeira vez, essa varredura foi feita de forma simultânea em todo o país. E a ideia é que vire rotina até que se registre uma redução nos números.

A Operação Mute envolveu o uso de uma tecnologia de ponta que corta a comunicação no entorno dos presídios. A ferramenta embaralha o sinal e consegue identificar quantos aparelhos ficaram conectados, medida para tentar cercar o crime organizado.

“Um celular na mão de um líder de facção criminosa, é uma arma para o crime. Ela traz a conexão do líder da facção com o resto da facção. Ele proporciona que aquela pessoa comande mortes, comande o tráfico de drogas, de armas, que ela continue dentro da organização criminosa, mandando e causando caos nas ruas”, revelou Rafael Velasco, secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça.

Segundo investigadores, alguns telefones são arremessados para dentro dos presídios, e até drones são utilizados pelos criminosos para transportar celulares.

Outro problema é a corrupção dentro do sistema penitenciário. Agora, cada estado deve apurar como os presos tiveram acesso ao material apreendido.

Os celulares recolhidos vão passar por perícia e uma análise vai mapear ligações e troca de mensagens para investigar que crimes podem ter sido cometidos de dentro das cadeias.