Profissionais de imprensa são desrespeitados em Jequié e fazem boletim de ocorrência


A polícia federal estava em Jequié acompanhando uma operação que aconteceu por parte do Ministério Publico do Trabalho na manhã de ontem (07), Ao tomar conhecimento da operação na cidade de Jequié, os profissionais de imprensa saíram para cumprir o seu papel fundamental, que é o de informar a população. Ao chega na Rua Lelis Piedade, em um local denominado ” CASA DAS MULHERES”, que é uma associação filantrópica que atua no acolhimento de mulheres e mulheres trans vítimas de violência doméstica e social no nosso município. Os profissionais foram surpreendidos com uma senhora que se intitula membro da referida instituição, que começou uma agressão verbal e descabida aos profissionais. Os profissionais de imprensa, (ASSUSTADOS), decidiram procurar a sede da 9º Coorpin, onde foi feito um boletim de ocorrência. Até o exato momento, o Ministério Público do Trabalho não informou detalhes da operação. Leia a baixo uma nota enviada pelo Sinterp e Associação Jequieense de Imprensa

NOTA:

Em atendimento a solicitação de populares, por volta das 11h50 da manhã de ontem terça-feira, 7, os repórteres Cacá Santana, da 95 FM, Sérgio Monteiro, da Rádio Povo FM, e Josafá Oliveira, o Repórter Tatu, da 93 FM, se deslocaram até a Rua Lélis Piedade, Centro de Jequié para apurar uma informação sobre a presença de agentes da Polícia Federal que estariam, supostamente, em ação em uma instituição chamada Casa das Mulheres, na referida via. Ao chegar no local citado, foi identificada a presença de integrantes do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Quando os profissionais se preparavam para buscar informações junto às autoridades presentes, uma mulher, completamente descontrolada, saiu de dentro do imóvel e tentou agredir os profissionais da imprensa. Não obtendo êxito, a mesma passou a agredir verbalmente os trabalhadores, com o uso de palavras chulas, xingamentos e palavras de baixo calão, acusando os três repórteres de “divulgadores de mentiras”, “urubus” e que estes estavam ali com o objetivo de denegrir a imagem dela. Após ser contida pelos presentes, a mulher foi identificada como Elma Brito e esta seria a presidente da Casa das Mulheres.

Diante de toda a gravidade do caso, os repórteres Cacá Santana, Sérgio Monteiro e Josafá Oliveira (Repórter Tatu), que estavam à serviço das suas referidas emissoras, prestaram um Boletim de Ocorrências na 9ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil e espera o encaminhamento policial do mesmo.

O direito à liberdade de imprensa é garantido pela Constituição Federal brasileira de 1988, que estabelece que “é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística” (artigo 5º, inciso IX), o que significa que não pode haver impedimento sobre informações jornalísticas, e estes profissionais podem atuar livremente, sem medo de retaliação ou represália. Por isso, a Associação Jequieense de imprensa e o Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, Tv e Propaganda da Bahia (SINTERP), manifesta publicamente o seu repúdio e condena o ataque sofrido pelos profissionais e reforça que é parte da função do jornalismo estar atento a quaisquer fatos que sejam do interesse da população, sendo este um dos pilares fundamentais da democracia, garantindo a liberdade de expressão e o acesso à informação.
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