'Não quero nenhum policial com adesivo partidário misturado à farda’, diz Jerônimo
Foto: Jamile Amine/bahia.ba
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se reunirá com a cúpula das forças de segurança da Bahia para cobrar ações contra possíveis interferências policiais no processo eleitoral em todo o estado, a exemplo do que ocorreu em 2022, quando a PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi usada para tentar impedir o deslocamento de eleitores do presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição contra Jair Bolsonaro (PL).
Ele também disse que vai procurar o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para assegurar o ir e vir dos eleitores no dia de votação.
“Eu chamei a minha Secretária de Segurança pedindo que eu quero a lisura. Não quero nenhum policial meu, nenhum, com adesivo partidário misturado com a farda, de lado nenhum. O que eu quero é que o melhor na urna ganhe, sendo meu [aliado] ou não. Eu tenho que primar pela democracia. Nós sabemos que nós sofremos nas eleições com a Polícia Rodoviária Federal atrapalhando o processo de democracia. Isso não cabe no meio da gente. Que ganhe o melhor, que faça a disputa”, disse o governador na manhã desta terça-feira (20), durante a entrega de ambulâncias no pátio da Sesab (Secretaria de Saúde), no CAB.
“Vou me reunir com todas as forças [de segurança] e com o TRE. Vou pedir uma reunião com a Polícia Rodoviária Federal para que crie um ambiente de confiança, para que crie um ambiente de que a gente não possa usar a farda ou o poder de polícia para puxar para um canto ou para outro”, declarou o governador.
No último pleito presidencial, Silvinei Vasques, então diretor-geral da PRF, determinou a realização de blitze no transporte de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde o Lula teve ampla margem de votos.
Ao determinar os bloqueios, Silvinei descumpriu ordem do ministro do STF e então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.
Na semana passada, o ex-diretor da PRF e outras cinco pessoas foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita do uso da estrutura da corporação em favor do então presidente Jair Bolsonaro.
'Não quero nenhum policial com adesivo partidário misturado à farda’, diz Jerônimo
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terça-feira, agosto 20, 2024
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