Influenciador suspeito de lavar dinheiro para o tráfico de drogas tem a prisão revogada

Rahmon Dias sofreu um atentado este ano — Crédito: Reprodução

O rifeiro e influenciador digital Ramhon Dias, que é suspeito de participar de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas através de jogos de azar, teve a prisão revogada. Ele foi preso, em setembro, durante a operação Falsas Promessas, da Polícia Civil. A decisão da Justiça que revogou a prisão preventiva foi expedida na segunda-feira (2).

O juiz Cidval Santos Sousa Filho levou em consideração, na decisão, que Ramhon Dias é réu primário, tem residência fixa, “bons antecedentes” e função limitada dentro da suporta organização criminosa. O rifeiro é suspeito de receber valores e repassá-los aos líderes da organização.

O julgador ainda avaliou a situação processual, que não tem previsão de conclusão. Além de Ramhon Dias, Gabriel de Amorim Fonseca e David Mascarenhas Alves de Santana também serão beneficiadas com a decisão. Ambos deverão pagar fiança de 20 salários mínimos. No caso de Ramhon, não haverá pagamento de fiança, pois o rifeiro está com as contas bloqueadas e teve os bens sequestrados pela Justiça.

Com a revogação da prisão, Ramhon está proibido de se ausentar da comarca sem autorização, deverá comparecer aos atos do processo e será monitorado eletronicamente.

Ele foi preso durante a operação Falsas Promessas, que investiga uma organização criminosa por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, através de jogos azar. Além de Salvador, foram cumpridos mandados no interior da Bahia, Goiás, Espírito Santo e Ceará.

Em julho deste ano, Ramhon foi vítima de um atentado. Ele foi baleado após sair do barbeiro, em São Marcos, bairro de Salvador. O influenciador disse ter sido vítima de “vingança ou ciúmes” em uma publicação no Instagram, rede social em que acumula 435 mil seguidores.

Após receber alta do hospital em que estava internado na capital baiana, o baiano publicou uma foto com um desabafo. “Estou muito reflexivo com tudo isso que aconteceu ontem. Pensar que alguém é capaz de mandar tirar a vida de outra pessoa por vingança ou ciúmes é covardia”, escreveu. (Correio 24h)